"O que é útil? Seria eu inútil? Farei falta? E se ninguém sentir minha falta Entramos na roda e esse é o momento de olharmos para nós mesmos. Mas prossiga, a resposta pode estar lá na frente em outro texto deste A coragem da esperança. Esta é uma das muitas manobras sutis deste cronista. Fala por meio de fábulas. Como em toda fábula, há sempre uma breve moral.
Cito uma: É preciso ter esperança com cada novo normal da vida. Olhe em volta: pandemia, isolamento, nada de visitas, toques, beijinho na face.
Este livro é complicado no bom sentido. Não paramos de ler, tememos que termine. Assim, lemos devagar, absorvemos mais. Vamos e voltamos. Riscamos frases, ele nos ensina com jeito, afinal foi professor, tem didática.
Outra coisa: levanta assuntos para conversas. Você o vê na televisão, nas lives, nas palestras, sério, econômico, mas quando abre o riso, o mundo fica claro. Fique ali, não se afaste, não o deixe, ele é assim mesmo (ou, a mim, parece) circunspecto, seduz, não perde uma deixa. O livro é seu, agora."
– Ignácio Loyola de Brandão, escritor, jornalista, membro da Academia Brasileira de Letras